Partilha 10. AE Vale do Tamel, Barcelos / APACI: A videoconferência como estratégia pedagógica para alunos com dificuldade intelectual



Na APACI (Associação de Pais e Amigos Centrada na Inclusão), a utilização da videoconferência tem sido utilizada não apenas como um meio de comunicação, mas como uma metodologia pedagógica. Ao aprenderem a manusear dispositivos tecnológicos e a interagir em plataformas de videoconferência, os alunos desenvolvem competências práticas que lhes são úteis. Este processo é o resultado de uma tese de mestrado e envolve um conjunto de sessões estruturadas que proporciona oportunidades de aprendizagem práticas e interativas, onde são trabalhados diversos conteúdos.

Durante as sessões, os alunos aprendem a utilizar os equipamentos com orientação pedagógica, no início realizam tarefas simples, como iniciar uma videoconferência ou ajustar o som e a câmara, para, progressivamente, gerir as suas próprias interações digitais. Imagens e símbolos são estrategicamente integrados nas sessões para facilitar a compreensão e o envolvimento dos alunos, particularmente dos que não sabem ler nem escrever. Através de exemplos práticos e simulações, os alunos treinam diversas competências sociais, em diferentes contextos, que são avaliados pelos colegas e pelo professor, de modo a proporcionar feedback imediato e ajustado a cada progresso, permitindo que à medida que decorrem as sessões possam corrigir aspetos que vão indicando uns aos outros. A interação constante ajuda a construir um ambiente seguro e de apoio, onde os alunos se sentem motivados a aprender e a participar.

Neste contexto, a videoconferência revela-se como uma estratégia pedagógica inclusiva, mostrando que, com os recursos adequados e um apoio pedagógico contínuo, é possível promover a inclusão digital e social. Esta abordagem contribui ainda para o desenvolvimento da autonomia e da autoconfiança dos alunos, incentivando a um maior envolvimento nas atividades sociais e educativas.

Além de desenvolverem competências tecnológicas e comunicativas, os alunos também adquirem competências transversais, como a resolução de problemas, a colaboração e a tomada de decisões. Estes progressos têm um impacto direto na sua vida quotidiana, proporcionando-lhes mais oportunidades de integração e autonomia.

Para mais informações contactar: cee@apaci.pt

Fátima Silva – Professora do Agrupamento de Escolas Vale do Tamel, em mobilidade na Associação de Pais e Amigos Centrada na Inclusão. 

Apresentação da professora Fátima Silva no Seminário Crescer na Era do Digital:

Este trabalho tem especial interesse para os colegas da Educação Especial (grupos 910, 920 e 930), pois a professora partilha algumas das atividades que desenvolve e fornece um conjunto de "dicas" para a capacitação digital de crianças e jovens com dificuldade intelectual.

Consulte aqui os recursos disponibilizados pela professora Fátima Silva

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